A situação misteriosa que envolve a compra de respiradores envolvendo o Governo de Alagoas, por meio do Consórcio Nordeste, deve entrar na pauta da CPI da Pandemia, no Senado Federal. O pedido da inclusão do tema será feito pelo senador cearense Eduardo Girão. Depois de um encontro, em Brasília, com o deputado estadual Davi Maia (DEM), ele protocolou a convocação do parlamentar, que, agora, será analisada pelos integrantes da CPI.
‘Depois de uma reunião com integrantes da CPI, dentre eles, o senador Girão, apresentamos várias informações sobre desmandos que aconteceram com o Consórcio do Nordeste, que, simplesmente, sumiu. E ainda levamos detalhes de como ele funciona, que, na minha opinião, é para nada, a não ser para criar carta de repúdio ao presidente e ao Governo Federal. Fizemos todos esses relatos, já que são muitas as informações, inclusive sobre Alagoas”, adiantou Maia.
Como tem acompanhado desde o início as ações do governo, ele garantiu estar munido de uma vasta documentação envolvendo o Laboratório Central (Lacen) e o Hospital de Campanha. Davi disse que, no encontro, acabou tomando conhecimento de que as situações que levantou em Alagoas são muito parecidas com fatos ocorridos em outros estados nordestinos.
“E aí nós também estamos assessorando o senador Girão nessa CPI, para que não fique apenas focada no Governo Federal, mas também nos problemas que ocorrem e ocorreram nos Estados e Municípios”, completou o parlamentar.
Se tiver a convocação aprovada pelos membros da CPI, o parlamentar ficará frente a frente com o senador alagoano Renan Calheiros (MDB), pai do governador Renan Filho do mesmo partido. Para Davi, será a oportunidade trazer luz aos fatos envolvendo o Estado. Conforme lembrou, nada do que está sendo colocado agora é novidade, já que tudo tem sido apresentado em sessões ordinárias do parlamento estadual. A diferença é que todo o país tomará conhecimento do que está ocorrendo no Estado.
Durante o encontro preparatório, Davi Maia entregou todas as informações sobre a tentativa de compra de respiradores por meio do Consórcio Nordeste. Foram duas tentativas frustradas de compras de respiradores pelo Governo do Estado, através da união dos governadores.
Na primeira compra, Alagoas pagou antecipadamente o valor de R$ 4.488.750,00 pelos 30 respiradores. Nenhum equipamento foi entregue e nenhum valor foi ressarcido. Na segunda compra, foram gastos pela Secretaria de Saúde de Alagoas (Sesau) R$ 5.226.934,7 em novos respiradores que, também, não foram entregues. O Consórcio Nordeste devolveu um valor com uma diferença de R$ 593.963,12, justificando a perda por causa da variação do dólar.
fonte: Gazetaweb