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Financiamentos imobiliários com recursos da poupança cresceram 70% em Alagoas em 2020

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No ano passado, foram financiadas 2.526 unidades imobiliárias em Alagoas, diz Abecip

Hebert Borges

02/02/2021 21:39

No ano passado, foram financiadas 2.526 unidades imobiliárias em Alagoas, diz Abeciphttps://bbf94fe76f1f0daf97156e1be57c463a.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

Os financiamentos imobiliários com recursos da poupança cresceram 70% em Alagoas no ano passado, em comparação com 2019. De acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), foram financiadas 2.526 unidades em 2020 no estado, ante 1.479 em 2019. Ou seja, foram financiados, em média, 7 imóveis por dia em Alagoas no ano passado. Em 2019 essa média era de 4.

Os números mostram ainda que o valor financiado cresceu em Alagoas acima do percentual de alta dos financiamentos, o que indica negociações em imóveis de maior valor. Em 2020 foram financiados R$ 678,5 milhões, ante 350,1 milhões em 2019, crescimento de 93%. Segundo o levantamento, com 294 unidades negociadas, dezembro foi o mês em que mais foram financiados imóveis com recursos da poupança em Alagoas. Em relação a valores, foram R$ 87,3 milhões financiados no período.

O mês com o maior volume de recursos movimentados foi agosto, quando as 266 unidades financiadas custaram, juntas, R$ 88,8 milhões. No outro ponto da lista, Fevereiro é o mês com menor número de unidades financiadas e de recursos negociados. Foram 134 unidades, que, juntas, custaram R$ 29,5 milhões.

A alta aferida em Alagoas é maior que a registrada no país, que foi de 57,5%. Foram liberados R$ 124 bilhões em recursos Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) ao longo do ano passado. Em 2019, os financiamentos imobiliários feitos com recursos do SBPE somaram R$ 78,7 bilhões. O volume de crédito para aquisição de imóveis, concedido em 2020, superou os R$ 112 bilhões de 2014, que era o recorde até então. Em dezembro de 2020, o financiamento imobiliário alcançou os R$ 17,5 bilhões, mais do que o dobro dos R$ 8,7 bi registrados no mesmo mês de 2019.

Do total liberado em crédito no ano passado, a maior parte – R$ 93,9 bilhões – foi usada na compra de imóveis, sendo 80% deles usados. Os R$ 30 bilhões restantes foram usados para a construção de novas unidades. A partir do desempenho do setor, a previsão da Abecip é que os financiamentos imobiliários com recursos da poupança continuem a crescer neste ano e alcancem os R$ 157 bilhões, uma elevação de 27%.

A associação também estima uma expansão do crédito imobiliário com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Em 2020, os empréstimos a partir dos recursos do fundo chegaram a R$ 53 bilhões e, para 2021, a previsão é que o montante fique em R$ 56 bilhões.

Segundo Jeferson Gralha, especialista em transações e administração de negócios imobiliários, o fato de as pessoas ficarem mais tempo em casa fez com que percebessem novas necessidades com relação ao espaço, conforto, silêncio, privacidade, posição solar, estruturas de lazer etc. O especialista analisa que, no pós-pandemia, muitas empresas passarão a adotar o home office como modelo de trabalho, e com a perspectiva de que a vida volte ao “normal” somente no próximo ano, as casas e apartamentos com mais espaço, que sirvam como refúgio e permitam a realização de diferentes atividades com conforto e segurança, passarão a ser mais procurados. “As mudanças de hábitos geraram novas necessidades, algumas delas com relação à moradia. Isso explica a crescente procura por imóveis mais adequados aos novos formatos de vida”, diz Gralha.

Segundo ele, as mudanças de hábitos e de atitudes impulsionadas pela pandemia fizeram com que os consumidores ficassem ainda mais exigentes e criteriosos, prezando pela qualidade dos produtos e dos serviços e valorizando o bem-estar e a qualidade de vida.

Gralha pondera que, para melhor atender a esse novo perfil de clientes, construtoras e imobiliárias precisaram se adequar. Ele pontua que mesmo com a pandemia a procura por imóveis cresceu rapidamente em 2020, mesmo enquanto as visitas físicas não eram viáveis.

Segundo ele, assim como em 2020, um dos fatores que deve contribuir para a manutenção do crescimento do mercado imobiliário é a taxa de juros, que deve se manter num patamar bastante baixo. Gralha acredita que o mercado imobiliário é um bom investimento para o próximo ano. “A partir do momento em que temos uma taxa de juros em torno de 2%, basta enxergar um potencial de valorização de qualquer imóvel na ordem de 5%, que falamos em mais que o dobro de rentabilidade da renda fixa. O imóvel é, sim, um ativo que não pode ser negligenciado”, explica.

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