Mulheres são mais acometidas pelas síndromes gripais provocadas pela Covid-19. Os homens pela Síndrome Respiratória Aguda Grave. Aquela, cujos sintomas, geralmente levam às internações. Eles também são os que morrem mais morrem por Covid-19. Este é o panorama que se mantém segundo os dados epidemiológicos atualizados pela Secretaria de Estado da Saúde para Alagoas, e Maceió acompanha o mesmo cenário do restante do estado.
Enquanto as mulheres são 57,8% (156.937) da totalidade de pessoas acometidas por casos leves, os homens são menos, 42,2% (114.423). Quando o recorte diz respeito aos casos graves da doença, a situação muda de cenário, e os homens passam a ser os mais atingidos 53,7% (13.198), ao longo de toda a pandemia. Já as mulheres formam 46,3% (11.358) dos casos.
Como consequência, os dados têm demonstrado que, ao longo da pandemia, os homens foram as maiores vítimas quando o assunto é óbito. 3.746 deles, e 3.123 delas. Conforme os dados divulgados nesta sexta-feira (25), mais de 6.860 pessoas morreram de Covid-19 em pouco mais de dois anos de pandemia.
O último Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgado terça-feira, 22, em Maceió contabiliza 99.137 casos confirmados da Covid-19 na capital desde o início da pandemia. Mais de 55% deles infectaram pessoas do gênero feminino. Porém, quando observada a taxa de mortalidade, a proporção é inversa. As pessoas do sexo masculino representam a maioria das mortes por Covid na capital: 54% do total.
Conforme levantamento, do total de casos confirmados (99.137), segundo sexo e faixa etária, são 44.151 casos do sexo masculino e 54.986 casos do sexo feminino. As faixas etárias mais acometidas são: 30 a 39 anos (24.077 casos), 20 a 29 anos (20.379 casos) e 40 a 49 anos (20.333 casos). Maceió, até o último 23 de março, havia registrado 3.235 óbitos, sendo 1.757 mortes do sexo masculino e 1.478 do sexo feminino.
Ou seja, homens lideram o número de óbitos na capital e em toda a Alagoas.
O infectologista Renee Oliveira acredita que a resposta esteja na combinação de pelo menos três fatores: biologia, estilo de vida e comportamento.
“Os homens são os que procuram menos atendimento ou demoram mais para acessar o sistema de saúde, e isso impacta, com certeza, no seu cuidado em relação à saúde”, disse.
O que pode ser feito, segundo Renee, é mudar os hábitos e reduzir os riscos de infecção pelo coronavírus. ‘Eles (homens) precisam ficar ligados, procurar mais os atendimentos médicos”.
Ainda segundo o boletim da SMS, em relação à distribuição dos casos por distritos sanitários, a maior quantidade está no 7º Distrito Sanitário, com 22.224 casos. Nesta região situam-se os bairros Cidade Universitária, Tabuleiro do Martins, Santa Lúcia, Santos Dumont e Clima Bom. fonte: Gazetaweb