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Pazuello quer transferir pacientes, mas estados dizem já estar no limite

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Pazuello quer transferir pacientes, mas estados dizem já estar no limite foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quinta-feira (25) que a remoção de pacientes entre estados que enfrentam lotação de unidades de terapia intensiva (UTI) será uma das estratégias usadas para enfrentar o que ele chamou de “nova etapa” da pandemia de Covid-19, marcada pelo alastramento da variante descoberta em Manaus.

Pazuello fez a declaração após reunião com os conselhos de secretários de saúde dos estados e dos municípios, na qual foi fechado acordo sobre o pagamento pela utilização de leitos de UTI. Contra o atual aumento de casos, o ministro disse vai atuar com “atendimento imediato na unidade básica de saúde”, “estruturação em capacidade de leitos” e “vacinação”.

“Uma das estratégias com relação a leitos é a utilização de leitos de forma remota. São remoções.” – Eduardo Pazuello, ministro da Saúde

O ministro não deu detalhes sobre as transferências de pacientes, e não respondeu perguntas de jornalistas após o pronunciamento. Pazuello disse que Carlos Lula, presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), falaria mais sobre o tema.

‘Todo mundo está no seu limite’

Em seu pronunciamento, o presidente do Conass não detalhou as remoções, mas afirmou que há alta ocupação hospitalar em Santa Catarina, Tocantins, Rondônia, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Paraíba, Maranhão e Sergipe.

“A gente termina a contabilidade tendo feito o transporte de mais de 600 pacientes do Amazonas para outros estados. E mais de 60 de Rondônia. Hoje a gente já teria dificuldade bem maior de fazer esse transporte porque todo mundo está no seu limite. Quase todo o Brasil recebeu pacientes do Amazonas” – Carlos Lula, presidente do Conasshttps://d4af561a870170fdec928d10117a98f1.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

Veja destaques da lotação das UTIs pelo país:

  • SC – Estamos entrando em colapso, diz secretário de saúde de Santa Catarina
  • TO – Ocupação de leitos passa de 80% no Tocantins
  • RO – Secretário diz que todos os leitos de UTI para Covid estão ocupados
  • RS – Secretária de saúde fala em possível esgotamento de vagas nas UTIs
  • BA – Bahia tem restrição total de atividades não essenciais e secretário alerta para colapso
  • CE – 91% dos leitos de UTI no Ceará estão ocupados e 170 cidades têm risco altíssimo
  • PB – Paraíba adota toque de recolher
  • MA – Taxa de ocupação dos leitos chega a mais de 80% em São Luís
  • SE – Governador de Sergipe não descarta toque de recolher
  • RN – ‘Natal e Região Metropolitana estão com rede de saúde colapsada’, diz governadora
  • PR – Hospitais de Curitiba têm fila e secretária de Saúde fala em ‘avalanche de casos

Agravamento da situação no país

Pazuello afirmou que o governo observava uma situação de “estabilidade” no número de mortes e casos em outubro e novembro, e esperava que a chegada da vacina pudesse manter e baixar as taxas da Covid no país. Entretanto, ele afirma que a nova cepa descoberta em Manaus tem contaminado 3 vezes mais rápido e se espalha pelos estados.

“Observa-se que começou a aumentar o oeste do Pará, Belém, capitais como Fortaleza, João Pessoa. (…) Você vê Goiás impactado, Chapecó, varias cidades do país focais subindo”, disse Pazuello. “E a velocidade com que isso acontece em pontos focais pode surpreender o gestor em termos de estrutura de apoio de estrutura.”

Após a reunião, os representantes do Conselho Nacional de Secretarias Municipais (Conasems) e do Conass explicaram que houve acordo para que o Ministério da Saúde faça o pagamento mensal dos leitos e faça o aporte de R$ 500 milhões para fortalecer unidades de saúde e equipes de saúde da família.

“Hoje demos um passo importante para financiamento dos leitos. A regulação que a gente tinha no ano passado levou a redução dos leitos em janeiro e fevereiro. Tivemos redução dos leitos com diárias pagas com ministério. Mudamos essa formulação, agora será mensal, não será mais a posteriori”, explicou Carlos Lula, presidente do Conass.

Fonte: Gazetaweb

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