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Somente 14,4 mil jovens entre 16 e 17 anos estão aptos até agora a votar em Alagoas

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Somente 14,4 mil jovens entre 16 e 17 anos estão aptos até agora a votar em Alagoas

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelam que oengajamento de jovens de 16 e 17 anos caiu bastante nos últimos anos. Em Alagoas, apenas 14.401 jovens entre 16 e 17 anos – 0,640% do eleitorado total – estão aptos a votar no pleito deste ano. Para quem


tem o desejo de exercer a cidadania e vai completar 16 anos até o dia da eleição, é bom ficar atento ao prazo para tirar título de eleitor, que acaba no dia 4 de maio.

A falta de interesse da juventude na política tem várias causas e a própria Justiça Eleitoral pontua. Questões como envelhecimento de líderes partidários, desconfiança no sistema político e falta de perspectiva de emprego e renda são apontadas como fatores do encolhimento do voto jovem.

Pesquisa do Instituto IPEC sobre preferências políticas de jovens, publicada em novembro de 2021, aponta que eleitores jovens se preocupam mais com temas como combate à fome, geração de emprego e meio ambiente. Cerca de 75% deles achamdireita e esquerda “agressiva e intolerante” e 82% classificam o debate nas redes sociais como “agressivo e intolerante”.

Na contramão destes levantamentos, a estudante Carol Borges, de 17 anos, tirou título de eleitor no mês passado e está ansiosa para o pleito. “Sempre tive vontade de votar com minha própria opinião, e sinto uma vontade maior agora por conta que nosso presidente não é uma pessoa certa para o cargo que ele exerce”, opina.

Para o analista político Ranulfo Paranhos, o cenário pode levar a algumas hipóteses. A primeira

delas é de que a polarização política vivida no Brasil, na última década, tem afastado jovens da política. Além disso, público desta faixa etária tem medo do “cancelamento” e, por isso, tende a não falar de política.


“Podemos observar, também, que, mesmo o TSE tendo facilitado a acesso ao título eleitoral com preenchimento de cadastro on-line, ainda

há uma ‘visão’ de que tudo que envolve os órgão públicos é burocrático e isso toma tempo, tem alto custo e baixo retorno. Principalmente, para uma faixa etária que resolve boa parte de sua vida on-line (compras, diversão, aulas…)”, destacou.

De acordo com Paranhos, há uma tendência de crescimento da abstenção nas eleições. Em 1992, esses eleitores mais jovens correspondiam a cerca de 3,5% do total; hoje é aproximadamente 1%. Na opinião dele, não participar da política é uma escolha pessoal.

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Outro fator que pode explicar o engajamento baixo é a falta de identificação dos jovens com os partidos políticos. “De uma maneira geral, as legendas partidárias e o Congresso Nacional são instituições que sempre aparecem como as menos confiáveis em todas as pesquisas de opinião. Isso é reflexo da forma como se faz política no Brasil: muito problema social, pouca solução; escândalos de corrupção sem punição; polarização”, avalia.


Paranhos acredita que não se trata de estímulo. Na verdade, a juventude não se sente parte desse universo que é a política atual.

Para incentivar a participação dos adolescentes, a Justiça Eleitoral realiza, em março e novembro, a Semana do Jovem Eleitor. Essa mobilização nacional conta com a parceria de diversos influenciadores digitais, organizações da sociedade civil e instituições públicas e privadas. Todos trabalham em conjunto com os TREs durante a semana para conscientizar a juventude sobre a importância de tirar o título de eleitor. De forma especial, chamarão a atenção para o prazo para se alistar ou mudar o domicílio eleitoral.

fonte: gazetaweb

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